O escritor escreveu:
“O que gritava nela era o idealismo ingénuo do seu amor que pretendia ser a abolição de todas as contradições, a abolição da dualidade do corpo e da alma e talvez mesmo a abolição do tempo. (…) era o sentido da beleza que a libertava subitamente da angústia e lhe trazia um desejo renovado de viver.(…) o instante em que o amor nasce; a mulher não resiste à voz que chama pela sua alma apavorada; o homem não resiste à mulher cuja alma se torna atenta à sua voz. (…) as metáforas são perigosas. O amor começa com uma metáfora. Ou, por outras palavras, o amor começa no preciso instante em que, com uma das suas palavras, uma mulher se inscreve na nossa memória poética”.
Contradições: voz? quem a profere? quem a escuta, afinal?
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