domingo, 22 de fevereiro de 2004

Não há vozes, nem trilhos, nem memórias. Apenas o eco de uns passos que se afastam sob os arcos de mil viagens, de chegadas, de despedidas. Uma mão clara e longa, de ternura macia. Um sorriso desajeitado ou tímido que guarda a alma de um mundo. Uma caixa esquecida em cima de uma mesa. Um papel branco de letra encriptada. Uns lábios ressequidos de tanta água. Uma noite de longínqua tempestade. Um quadro caído, estrondosamente. Pedaços de pomos engolidos avidamente. Uma gota de sal para ser breve. Hoje é… domingo.

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