segunda-feira, 22 de junho de 2009

somos o que fazemos

somos o que fazemos... o que fazemos da nossa vida... o que fazemos no dia-a-dia, e dia a dia. se se tem uma vida de mentiras, de hipocrisias, de (a)comodismos, então não será também isto tudo que se é?! ao se considerar a própria vida, uma vida falsa, e se estiver a sentir/dizer isso de verdade, não seremos também falsos, mesmo que se consiga dizer momentaneamente a verdade?! e se não for verdade, é apenas mais uma mentira, na mentira daquela vida...
somos o que fazemos, somos o que pensamos e sentimos, mas talvez sejamos muito mais o que fazemos, porque esse 'fazer', que no fundo é um agir, é muito mais construtivo de nós mesmos, do que o que se recolhe nos confins das 'profundezas' - especialmente se por aí fica. Lá diz o povo que de boas intenções...
somos o que fazemos, quer num sentido positivo/construtivo, ou num sentido negativo/destrutivo (de nós? dos outros? da nossa relação com o 'mundo'?).
porque o inverso também é tão verdade: quando alcançamos alguma coisa, fazendo-a, agindo, comportando-nos, é esse comportamento que nos mostra - quantas vezes incrédulos, ou nem tão confiantes assim - o quanto somos capazes, ou seja, que somos maiores, melhores que nós mesmos, e então é porque somos... somos porque o fomos e fizemos, e se somos, podemos fazer outra e outra vez, e cada vez melhor.
por isso há gestos nossos que nos elevam, e outros que nos fazem minguar. e se "errar é humano", insistir em comportamentos que julgamos que no fundo - lá bem no fundinho, tão fundinho que deixamos de os ver - não são os nossos, não somos nós, isso vai-nos tornando nada vez mais 'aquilo' que seremos... ou (infelizmente) já somos.
Mas cada um vai escolhendo o seu caminho... a vida é de cada um... e somos apenas, ou antes, sobretudo responsáveis por aquilo que fizermos de nós mesmos.