sábado, 7 de fevereiro de 2004
Pinto mundos, desenho gestas e esqueço, desaparecendo numa consciência diversa. Perco-me no nevoeiro por uma procura longínqua que reencontro brevemente em traços e manchas sem mundos nem gestas. ‘não procuro, encontro’; procuro e não encontro; no desencontro, encontro uma multiplicidade de caminhos, outros. Abandono caracteres, formas definidas e narrativas ilusórias, ou quase dementes, que martelam numa sucessão de palavras, de frases, num eco de versos imprudentes, de letras casuais. Iludo-me numa racionalidade de que julgo precisar, mas não agora não aqui. Escape próximo ao invés de um desejo necessário. Regresso algo serena, sorrindo do absurdo. eu?
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