sexta-feira, 9 de abril de 2004

entre as nuvens brancas
altas, o vagabundo azul.

entre o nevoeiro translúcido
o olhar, dádiva de palavras.

entre olhares esquecidos, a bruma
de silêncio fugidio
hesitante em confluir.

desfaço-a em ensurdecimentos súbitos
entrecortados, num sorriso,
traço-a em olhar penetrante pressentido,
em meiga boca adivinhada,
em face arcana
breve.

e o sentir demora-se
em gesto sombra incompleta,
na caixa
de singular palavra.

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