Santa Ignorância (a minha) sobre este meu lu.gar. Espanto, embaraço e incredulidade. Espanto, pelo adjectivo. Embaraço, ou um pouco de sobressalto, porque não sei lidar bem com certo tipo de visibilidade, gosto da discretude, e este meu anonimato aqui, para além de ser um pouco sinal disso e de ser equivalente escrever maria x. y. ou lu. – continuo tão inconhecida como sou para quase todos -, permite uma liberdade expressiva em que a responsabilidade é máxima, porque é comigo mesma, perante mim. Talvez também seja um pouco terapêutico para assumir algumas coisas ou para não dar tanta importância a outras. Talvez seja somente um modo de dar voz a mim própria, já que muitas vezes não me deixo dar.
Incredulidade… não por vós, acredito que sintam aquilo que escrevem. Creio, em geral, no que dizem, não por ser a Verdade, mas por ser a verdade de cada um em cada momento – e por vós e, por mim, pela minha ‘liberdade criativa’ (aqui e depois deste elogio) ainda bem que ela é muitas vezes, efémera. A minha dúvida não tem a ver convosco, com a vossa opinião. Hoje numa conversa obtive a analogia quase perfeita: a do estrangeiro que vem cá, admira, aprecia muito, por exemplo esteticamente, algo de que nós gostamos, acarinhamos porque é nosso mas consideramos apenas esse o seu valor… pequenino e querido (a cherry…). Não temos objectividade para avaliar… e eu aqui não tenho. E não tenho noutras circunstâncias, como num post que hesitei em publicar há cerca de 10 dias e não publiquei (aí vai ele, de seguida…ou antes) e nada tinha a ver com blogs.
Mas também queria confessar que gostei, o meu ego ficou grandinho com aquele ar balofo, mas felizmente muito transitório… amanhã ninguém se lembra do que dissemos aqui… mas, no fundo, agradeço de um modo perene.
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