gosto deste tempo de chuva… desta chuva que escorre pelo beiral e cai nos guarda-sóis esquecidos lá fora na esplanada, nas mesas, naquelas cadeiras antigas arredondadas, de ferro e de assento de madeira. Gosto de um dia assim, em que a chuva vem primeiro de mansinho e vai ficando mais forte, mais intensa. A princípio as nuvens são tão baixas que parecem uma extensão da água que delas deslizam, mergulham nas ruas, tornando o dia num entardecer prolongado.
Aí, sinto o dia ainda mais triste, ainda mais melancólico do que eu e, paradoxalmente, sorrio para o dia. E com este sorriso, ele ganha forças e vai crescendo, como se quanto mais desse, mais tivesse para dar.
Lagunas e riachos ocupam agora as ruas da cidade.
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