O sibilo do vento entrando pela fresta da janela, entreaberta. Algures pelo céu, o retumbar dos trovões, o fulgor dos relâmpagos espalhando-se por entre nuvens nocturnas. O movimento ondulante, cadente da persiana quase fechada. Querendo penetrar. Como o sono invadindo o corpo. De supetão invernal. Deitada nos lençóis ainda frescos, escreve. A caneta, a sua última ligação ao verão.
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