quarta-feira, 18 de outubro de 2006

últimos instantes

O sibilo do vento entrando pela fresta da janela, entreaberta. Algures pelo céu, o retumbar dos trovões, o fulgor dos relâmpagos espalhando-se por entre nuvens nocturnas. O movimento ondulante, cadente da persiana quase fechada. Querendo penetrar. Como o sono invadindo o corpo. De supetão invernal. Deitada nos lençóis ainda frescos, escreve. A caneta, a sua última ligação ao verão.

Nenhum comentário: