sábado, 31 de dezembro de 2005
Neste último dia do ano... Ou uma breve estória de um blog...
Alguns nomes já vogavam no pensamento. Nada de muito concreto. Também tinha receio de nomes mais ousados. Porque sempre suspeitei que o que escreveria aqui nunca seria uma mera fachada de mim mesma. Seria uma outra face. Na tarde anterior, lembro de estar à volta dos preparativos de Natal. Prendas. Fatias douradas. Era dia 24 de Dezembro. De repente, eram oito horas da noite, encontrava-me só, só com os meus passos ecoando no chão do átrio do Hospital de Santa Maria. Meus pais estavam lá dentro. A minha mãe internada de urgência em risco de vida. Essas horas assim se passaram. Em vez da consoada, a aflição. Em vez da troca de presentes, uma comunhão na preocupação. Nessa noite, que já não fazia sentido como noite de natal, deixei meu pai em casa e vim para a minha. Porque a solidão era necessária. Porque era a nossa inevitablidade.
E num impulso, aquele que ainda não tinha acontecido com aquela premência, criei um blog. Porque os nomes 'éfemero' ou 'efémera' já estavam ocupados - perante a vizinhança do espectro da morte, não havia melhor designação -, surge de súbito, este nome. Meu, agora. Talvez contradizendo o efémero, porque necessitava de um 'lugar' que considerasse meu, onde me pudesse sentir menos desconfortável que em todos os outros lugares mais reais que nessa noite (ou em toda a vida) me eram agrestes.
Por isso, à 1h 49m da madrugada de dia 25 de Dezembro escrevi 'Lá fora é noite de Natal'.
Porque tinha de o escrever. Porque tinha de o dizer. Não a ninguém em especial. Nem esperava ser 'descoberta' neste meu lugar, tão cedo. A 'rede' era mais pequena, bastante mais, mas não deixava de ser 'rede'. E admirei-me quando poucos dias mais tarde recebi o primeiro feedback, do Rui d' 'A Sombra', regresso que quase dois anos depois, saúdo. Como me admirei, há uns dias atrás com o prémio que o Golfinho atribuiu a este blog.
A partir daí, foi sobretudo a escrita. Mais do que companhia, uma construção, uma revelação, uma expressão de mim mesma. Quase uma segunda pele que descobria. Quando há coisas que não se dizem oralmente, a escrita acalma/colmata esta ânsia de expressão. Como na arte. Sem sentido. Porque é preciso, em nós próprios. Os outros...? os outros lêem e sentem, ou não. Talvez isso em mim seja mais importante, porque quando estou com os outros, não sou daquelas pessoas que fala muito. Por gostar de os ouvir. Por não querer ‘aborrece-los’ com as minhas coisas. Ou... talvez... porque tenho medo de me revelar. A maturidade vai ajudando... e já vou achando que tenho direito... e que me posso 'assumir'.
Mas esta rede também é uma 'rede' de afectos, porque é uma rede de pessoas. São pessoas que estão por detrás das palavras. E estes afectos ou encontros mais ou menos efémeros, de pessoas que nunca conheci, as que conheci, ou as que já conhecia fora do virtual, foram importantes, como muitas daquelas pessoas que fomos conhecendo ao longo da vida. Sei, que pessoas de que não conheço o rosto, ficar-me-ão para sempre na memória. Foi bom reencontrar amigos que já não via há anos, e vê-los numa outra faceta, e respeitar-lhes essa outra face com o resguardo da escrita mais 'confessional'. Foi esta 'rede' que me proporcionou conhecer o 'companheiro' da minha vida, numa ultrapassagem de todas as virtualidades, muitas vezes parcelares, para um encontro deveras real, inteiro.
Ultimamente tenho escrito pouco, aqui. Porque a vida, a vida do dia-a-dia, nos consome o tempo de disponibilidade para a escrita, para a criação. Porque os projectos que tenho em mãos, são-me importantes, seja os pessoais, sejam os profissionais. Porque há também um certo cansaço da blogosfera. Não tenho muito tempo para ler; às vezes, confesso, pachorra, também. E por vezes ainda resta um certo 'receio' de exposição - que este post contraria, eu sei, e ainda bem -, uma inibição qualquer, um pouco disparatada. Afinal, quem dá realmente importância ao que escrevemos nestes lugares?! Por vezes em momentos de vida adensamos o nosso sentir pelo que escrevemos ou pelo que lemos, mas no fundo são apenas estórias de vida, como as que lemos num livro, ou ouvimos na mesa ao lado do café.
O que importa...? O que importa é irmos fazendo coisas, criativas, se possível, construindo o nosso projecto de vida, connosco próprios e com aqueles que amamos, tendo os olhos postos no futuro, no horizonte, sentindo e desfrutando cada momento neste lugar efémero que é a vida.
segunda-feira, 26 de dezembro de 2005
domingo, 18 de dezembro de 2005
Terra pátria serás nossa
mailo sol que nos cobre
terra pátria serás nossa
mãe pobre de gente pobre
Terra pátria serás nossa
mailos vinhedos e os milhos
Terra pátria serás nossa
mãe que não esquece os filhos
.................................................
E se a loucura da sorte
assim nos quiser perder
abre-nos teus braços de morte
e deixa-nos adormecer.
Carlos de Oliveira
sexta-feira, 18 de novembro de 2005
O céu (não) é o limite...
Podia ter sido o teu desígnio... a ele estavas disposto, qual cavaleiro andante. O destino não somos nós que o fazemos. Também somos, mas apenas podemos mexer algumas peças deste xadrez. Se há coincidências, este último dia, foi-o malogradamente, tão diferentemente, para outros companheiros. Foram tantos anos; mas tantos ou mais, te (nos) aguardam. Começar de novo. Quantos mais podem dizer o mesmo? Sem limites, a não ser tu mesmo. Sem contingências, a não ser as que construas.
Estarei aqui. A teu lado
Contigo.
quarta-feira, 16 de novembro de 2005
Soneto despropositado....
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio"
Para quê as palavras? Diz lá, não são ridículas? Não são só palavras? Para que ando a gastar a minha vida com palavras destas... ridículas e absurdas? Não!! Não e Não! A minha vida não é isto! É viver isto! Escrever que se trocam beijos e gemidos não é trocar beijos e gemidos!
Vou tentar escrever o artigo!!... ainda hoje!
Tretas
Só falta vir para aqui desabafar e isto ter uma macacoa e não publicar. Talvez fosse melhor. Também não quero dizer nada de especial. São aqueles dias que se quer fazer tanto e coisas produtivas e acaba por não se fazer nada. Não é por não se ter recebido aquele beijo de manhã... é mal-estar... é o confronto do racional com o emocional. É não se ser aquilo que se gostava de ser, por vezes. É inquietude. É carência. É... sei lá... tretas!
Vou mas é tentar continuar o artigo, que é o que devo fazer... (quantas vezes tenho de repetir isto para me auto-convencer?)
quarta-feira, 2 de novembro de 2005
Instruções... ou... "lá bem no fundo está a morte"...
Pensa nisto: quando te oferecem um relógio, oferecem-te um pequeno inferno florido, uma prisão de rosas, um calabouço de ar. Não te dão somente o relógio, muitos parabéns, que te
dure muitos e bons, é uma óptima marca, suíço com não sei quantos rubis, não te oferecem somente esse pequeno pedreiro que prenderás ao pulso e passeará contigo. Oferecem-te -- ignoram-no, é terrível ignorá-lo -- um novo bocado frágil e precário de ti mesmo, algo que é teu mas não é o teu corpo, que tens de prender ao teu corpo com uma correia, como um bracito desesperado pendente do pulso. Oferecem-te a necessidade de lhe dar corda todos os dias, a obrigação de dar corda para que continue a ser um relógio; oferecem-te a obsessão de ver as horas certas nas montras das joalharias, o sinal horário na rádio, o serviço telefónico. Oferecem-te o medo de o perder, de seres roubado, de que caia ao chão e se parta. Oferecem-te uma marca, a convicção de que é uma marca superior às outras, oferecem-te a tentação de comparares o teu com os outros relógios. Não te oferecem um relógio, és tu o oferecido, a ti oferecem para o nascimento do relógio.
INSTRUÇÕES PARA DAR CORDA AO RELÓGIO
Lá bem no fundo está a morte, mas não tenha medo. Segure o relógio com uma mão, com dois dedos na roda da corda, suavemente faça-a rodar. Um outro tempo começa, perdem as árvores as folhas, os barcos voam, como um leque enche-se o tempo de si mesmo, dele brotam o ar, a brisa da terra, a sombra de uma mulher, o perfume do pão.
Quer mais alguma coisa? Aperte-o ao pulso, deixe-o correr em liberdade, imite-o sôfrego. O medo enferruja as rodas, tudo o que se poderia alcançar e foi esquecido vai corroer as velas do relógio, gangrenando o frio sangue dos seus pequenos rubis. E lá bem no fundo está a morte, se não corrermos e chegarmos antes para compreender que já não interessa nada."
Julio Cortázar
(por sugestão de uma leitora do post anterior)
domingo, 30 de outubro de 2005
A não-hora
A hora sem tempo. O tempo que volta para trás e se repete. Era uma hora de uma madrugada que se inicia... duas horas... de súbito, 1 hora, outra vez.
Ou, em tempos de primavera, uma hora que deixa de soar. Ausente. Inexistente.
Tempos.
Tempo que passa a correr. Como tivesse sido ontem, ou há poucos dias, que se marcava o final de tempos de escolha, quando se agarra a vida com as mãos e se enfrenta, olhos nos olhos, sem mágoas e receios. A vida, ou nós próprios?! Em que se descobre que o maior medo da vida é o medo de se ter medo... de não se ser capaz.... de não se ser livre...
E aí está... não que um papel faça isso tudo... até porque não se fez por causa do papel... O tempo quando é tempo, fá-lo. Porque mesmo que não exista a hora, ou exista em duplicado, deixamos de ser, de querer, de estar como antes. Porque fazemos coisas. Que nos tornam diferentes.
Passaram mais de três meses. Apesar de estar quase tudo na mesma, algo muda. Quase imperceptível. Ontem não foi igual a hoje. Hoje...
E nesta hora, inexistente, escrevo sobre os tempos. Saboreando por instantes, o gosto de escrever.
Por vezes, mesmo ultimamente, um pouco esgotada de tanto escrever (não aqui... por outros lugares)... por vezes, sinto que a escrita é a minha fala.
Esta hora inexistente (em que, no fundo, não quero saber desta não-hora para nada), o pretexto é somente, escrever. Falar. Falar sem cansaço. Sem pressões. Num ritmo sem relógios. Sem imposições. Sem tempo(s).
Atrasem-se os ponteiros.
O tempo não pertence ao relógio.
sábado, 22 de outubro de 2005
sábado, 8 de outubro de 2005
tudo o que existe
a mão estendida nas costas
o corpo demorando-se no corpo
leve adormentar
num cansaço que não fatiga
tudo o que existe
o soerguer do rosto
para o húmido contacto
num demorar
quase parado
tudo o que existe
o surdo roncar do motor
perpassando a janela
desperta sem acordar
tudo o que existe
o silente fim de tarde
movendo-se sem lugar
tudo o que existe
o respirar
terça-feira, 4 de outubro de 2005
Amor não é dor
É...
um sorriso aberto
como asas de uma gaivota
sábado, 20 de agosto de 2005
sexta-feira, 5 de agosto de 2005
Malditos...
quinta-feira, 4 de agosto de 2005
unanimidade
adj. 2 gén., qualidade de unânime;
concordância geral;
integral conformidade de votos ou de opiniões
Em muitos aspectos, acha-se que a unanimidade significa o reconhecimento de todos. "É unânime considerar que..." Por vezes, é quase sinónimo de valor reconhecido; sem esta 'qualidade', parece que há algo que desmerece.
terça-feira, 26 de julho de 2005
paradoxo
Não tenho encontrado sentido para aqui estar.
segunda-feira, 11 de julho de 2005
quinta-feira, 7 de julho de 2005
Ingénuo
sexta-feira, 1 de julho de 2005
Cor-po-sição
fui
joelhos e curva de pescoço,
mão e barriga de pernas,
ombro e coxas
unhas e ancas
tornozelos e dedos
cabelo e omoplatas
pulso e virilhas
olho e cotovelos
mais umas quantas formas
ou lugares.
sou
tudo isto
mais qualquer coisa
indizível
informe
in-contida
espelho meu
d'outrém
reflexo-s
num qualquer tempo.
fui
carne e espírito
mais qualquer coisa
num qualquer tempo
ou lugar
Fazes-me falta, Inês Pedrosa
Estou viva... para mim, ainda não acabou. E Tu cantas encostado ao calor da minha boca vermelha... E digo-te... fazes-me falta, amor.
quinta-feira, 30 de junho de 2005
Do Passado... ou uma carta a LULU
Véspera
Assim na aparência, a imobilidade, deixando o rio fluir - rio previsível, tantas vezes - não traduz uma quietude. Apenas nada poder fazer para que o rio mude o curso. Não é isso uma certa sabedoria?!... Não mudar aquilo que não está ao nosso alcance, aceitá-lo. Mas não deixarmos de nos banharmos no rio. Usufruir das suas águas?! "Resta" - e é tanto! - sabermos mergulhar (ou não), dançar nas gotas de água que escolhemos. E amá-las.
quarta-feira, 29 de junho de 2005
para um regresso
segunda-feira, 27 de junho de 2005
Domingo?
Empurro-me. Para a frente. Há afinal tanta coisa que vale a pena... Coisas que nos acarinham... (como a tua voz que interpolou esta escrita).
terça-feira, 21 de junho de 2005
Plenitude
segunda-feira, 13 de junho de 2005
"Estou de passagem: amo o efémero"
(Não sei se foi - é - um dos maiores poetas portugueses, sei que a sua poesia, na sua totalidade, é daquelas ou mesmo aquela que mais me tocou, que mais me toca, que me é mais sensível. Obrigada Poeta, por ter criado palavras com nome de poema)
Também hoje morreu um outro homem. De convições. De luta 'teimosa' e persistente por ideais em que acreditava. Um homem que, na minha infância, mais ou menos inconscientemente associei/identifiquei com um outro homem, a quem eu amava (amo), que também sentia, sabia ter lutado por aquilo em que acreditava. Um foi um 'actor' na vida, este outro, um 'observador' pela sua natureza. No fim das suas vidas, apenas homens. Ruindo o mundo em que viviam, vão-se despedindo, um a um, gentes de uma geração que quer queiramos ou não, deixaram o seu legado... a utopia por um mundo melhor.
sexta-feira, 10 de junho de 2005
Palavras de Camões
que Deus no mundo pôs e a Natureza
para aumentar as cousas que criou.
De Amor está sujeito
tudo quanto possui a redondeza;
Nada sem este afeito se gerou.
Por ele conservou
a causa principal o mundo amado,
donde o pai famulento foi deitado.
As cousas ele as ata e as conforma;
com o Mundo, e reforma
a matéria. Quem há que não o veja?
Quanto meu mal deseja, sempre forma.
Líricas, excerto da VII Écloga
quinta-feira, 9 de junho de 2005
Charcos e pântanos
como não o poderia?! estão lá as palavras
as negadas, as recusadas, as rejeitadas.
mais de um mês depois, do que foi dito - sim, tive paciência para as ler - paciência e mais alguma coisa, ou menos, menos de mim. Que me firo, ao atacar para me defender de algo que outros (me) julgam ser, ou ter sido, eu. (Mas afinal, não falam mais do que de si próprios!)
que me interessa?
que me interessa, se neste contigente cansaço de ter de existir, quero apenas uns momentos felizes?! Para lixo, para merdas, já tive o suficiente... e tê-lo-ei no que sou obrigada quotidianamente, esse suportá-lo-ei... fechando olhos ou ouvidos... que também sei que nada mudarei... sim, já não acredito em mudar o mundo, nem alguém... nem o quero sequer. Nem a mim própria.
É 'pecado' querer ser ave...
fugir, porque não??...
quando se vê pântanos por todo o lado?
Quero apenas salvar o que pode ser salvo
Voar
em mim
numa mão aberta de límpidas águas.
Porque o que há são verdades, com s. (nem essas há, verdadeiramente). Há somente uma procura daquela(s), busca árdua e dura, porque ela não está ali à nossa espera, somos nós que temos de a construir incessante e malogradamente.
E (talvez) uma verdade é que temos de ser nós próprios a fazê-lo, connosco mesmo, nunca um outro. (não refiro, com um outro)
segunda-feira, 6 de junho de 2005
quarta-feira, 25 de maio de 2005
Rumo ao Sul
terça-feira, 24 de maio de 2005
sob o sol... imenso
domingo, 15 de maio de 2005
Aleatoriedade...?
Há quase um ano e meio, no início deste Lugar, escolhi tons de azul-verde, ou verde-azul para o template, mais escuros ou mais claros, permaneceram. E de tal modo que não o (me) veria de outra 'cor', parece que a 'random art', a partir de um nome e aplicando a sua fórmula:
([palette_pp(3,1); pif(9,2,4); pclosestmax(13,16); protfold(5,13); pif(41,10,7); pfoci(27,6,40); pfoci(23,8,32); pplus(11,8); fold(11,23,16); and(15,12); protfold(13,29); rotate(28,27,17); fless(18,16); pif(24,14,14); pmult(28,23); negative(20); fclosest(18,20); fplus(19,25); fplus(20,25); max(22,22); fclosest(34,21); dist(23,23); fclosest(45,25); fold(27,46,54); and(51,41); fmix(45,33,26); fplus(45,36); fold(30,28,34); fold(40,30,38); pclosestmax(49,38); fold(31,32,35); pmix(39,37,36); pmix(44,55,35); dist(58,46); fplus(61,38); dist(39,43); fmix(38,38,38); rotate(58,43,38); fmix(45,61,45); fold(40,43,61); rotate(42,42,61); or(47,47); pif(47,46,48); pmult(58,60); torus(48,45,61); fclosest(61,61); pif(47,58,48); negative(61); torus(59,61,61); fold(55,50,54); discretize(55,56); or(52,52); fless(54,53); dist(56,60); fclosest(61,61); pif(57,56,56); pclosestmax(60,61); negative(61); torus(60,61,61); pfoci(60,60,60); pt(); t(), também assim o gerou.
Não podia ser só 'Efémero' (em tons de cinza)
pois este é, sobretudo, um lugar... algures num horizonte de reflexos...
terça-feira, 10 de maio de 2005
sexta-feira, 6 de maio de 2005
carta incompleta...
Escrevo talvez disparates, mas que se pode escrever para traduzir tanto... o de hoje... o de sempre?!
Quando chegares, daqui a pouco, (que saudades tuas!) dar-te-ei um sorriso, e um beijo. Dar-me-ei... como se fosse o primeiro dos nossos dias, como quero dar-me em todos os outros dias que, a partir de hoje, nascerão.
sexta-feira, 29 de abril de 2005
Quero-te
quero senti-las em cada pedaço
de pele,
de boca,
de riso.
Furiosas,
famintas
trémulas
incendiadas.
Quero o teu riso,
ofegante
de lábios latejantes
beijados
Quero os teus dedos
caminhando em meu corpo
vacilantes
incontido
receptivo.
Quero a tua boca
doce e dura,
escuta silente,
acariciante
do pulsar na pele.
Quero-te.
sexta-feira, 22 de abril de 2005
caminho das águas
quinta-feira, 21 de abril de 2005
Ironias da primavera
sábado, 16 de abril de 2005
grafias de vidas... em paleta (des)colorida
Resta a lembrança, a homenagem, tentativas ténues de exemplos de vida. Pela obra serão recordados.
O seu sentir morreu. Talvez renasça, se recrie, em alguém que a olhará.
segunda-feira, 4 de abril de 2005
"Ai de quem precisa...!"
Antes respondo, quase instintivamente... generosamente?..."Não precisamos todos?!" Penso um pouco... 'mas há uns que precisam mais do que outros'... afinal, é como na 'cidade dos porcos'... há uns mais iguais do que outros.
domingo, 3 de abril de 2005
sexta-feira, 1 de abril de 2005
Oeste
quarta-feira, 30 de março de 2005
Primavera
segunda-feira, 21 de março de 2005
Itália ou Portugal?
http://www.infonegocio.com/xeron/bruno/italy.html
Só a pizza é que diferente... talvez uma caldeirada, seja mais adequado, não?!
sábado, 19 de março de 2005
A Ti, meu Pai
contaste-me a tua história, calaste os teus pesadelos quebrando o silêncio das noites
Nas manhãs, os teus breves gestos
denunciaram pelo carinho tímido, o amor
que não conseguias abrir.
Hoje os teus passos estão mais lentos
- já não consegues ir comigo até lá ao fundo, à ria,
não importa, eu vou, e reencontro-te a meio caminho,
voltamos juntos, apoiado no meu braço - lentamente
como gostamos de viver
como irás viver em mim
para sempre...
terça-feira, 15 de março de 2005
terça-feira, 8 de março de 2005
Mulher ... (Um post feminista?!)
Ser mulher.
Uma pergunta que apenas pode ser respondida com um sorriso... sorriso que não pode ser, de modo algum, de ironia, nem de aparente superioridade ... um sorriso que muitas mulheres podem fazer quando se pergunta se gostam de ser mulher. um sorriso de confiança por saberem o que significa, para si mesma, ser mulher. Sentir, pensar como mulher. Ser aquilo que nos distingue, e nos torna preciosas, com valor.
Um sorriso que por vezes nos damos a nós próprias, quando no silêncio, olhamos para nós mesmas. ou para uma outra mulher. No silêncio alegre, no silêncio dorido, no silêncio cúmplice...
Um silêncio que é paz, tranquilidade, que nos faz adormecer quando pensamos em nós próprias, que nos faz acordar a pensar nos outros.
Um sorriso... um silêncio... mesmo no meio da violência.
ou do amor.
sexta-feira, 4 de março de 2005
para uma Amiga...
Mário Quintana
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005
na relva
restos de um gesto juvenil
talvez uma dádiva incompleta
liberta das raízes
e o olhar? abstrai-te das grades
são apenas moldura
um modo de dizer
quantas perspectivas há para um só roseiral?
De trás? Pela frente?
Se te deitasses na relva, haveria somente o céu
... e as rosas...
vem deitar-te na relva, comigo,
húmida que esteja, que importa?!
o horizonte seja nosso olhar - mesmo se os fecharmos por instantes - vem
sente o peso da maior leveza
asas com perfume cor de pétala
domingo, 20 de fevereiro de 2005
Voto
Agradou-me ver a afluência das pessoas às mesas de voto... há muito tempo que não as via tão concorridas - as notícias das previsões confirmam, a abstenção desceu...oxalá, seja por uma "boa" causa. Ou pelo menos quererá significar o desejo de uma maior participação de cidadania? De tomada de consciência que se os eleitores/cidadãos quisessem, muitas (ou algumas) coisas poderiam mudar?
Aguarda-se os resultados... e mudanças?
terça-feira, 15 de fevereiro de 2005
O Beijo
Soubesse eu aliviar a tua dor
- não o soube
ontem... -
permaneci em pensamento,
em duas flores
uma vermelha
uma outra branca
uma por nós.
outra para... tu sabes!
o que pedi
no silêncio,
uma flor, Tu,
e um Beijo.
Nós.
ontem.
Haveria uma flor
um beijo
hoje, amanhã ou
um dia.
Desejo?!
domingo, 13 de fevereiro de 2005
World Press Photo 2004
Categoria: General news singles; 2º lugar
David Robert Swanson, The Philadelphia Inquirer
Soldado americano durante uma emboscada no Iraque, 6 de Abril 2004
Surpreendes-me sempre. sabias?
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2005
Uma "nova" casinha...
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2005
G. de Gralha
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2005
É GRAVE!!! É lamentável isto acontecer mais uma vez na blogosfera!!!
Cheguei a esta triste conclusão a partir das visitas que fizeram ao meu sitemeter, a partir desse blog. Não vou colocar sequer o link do blog, porque que não é meu costume linkar ou ir a sítios onde os donos do blog têm como designação da sua lista de links: Pocilgas Por Onde Chafurdamos Também, e muito menos comentar.
Não é esta a minha atitude na vida, e também não aqui.
terça-feira, 1 de fevereiro de 2005
segunda-feira, 24 de janeiro de 2005
Começar de novo…
Então lançamo-nos no abismo, num abismo que nos faz primeiramente, sentir que afinal tínhamos asas, muito mais asas do que julgávamos. Deixamos em terra todas as amarras de que nos sentimos prisioneiros, e a força que nos impulsiona é enorme porque vital. Porque sentimos o dilema: ou sufocamos até à morte, ou respiramos até…
Este aprender de uma nova respiração se a principio é instintivo, depois, aos poucos, tem de ser reaprendido… como alguém que começou a dar os primeiros passos e depois repara que está a andar, e é então que, nessa percepção, nessa consciencialização, se vê e, se pergunta, afinal como se anda.
Neste novo andar, depois da euforia, a procura de um caminho. Sentido como longo porque vivido intensamente – esperando nunca mais o sentir longo, pela vacuidade. A consciência de se caminhar pelos próprios pés, definindo os trajectos na medida das possibilidades, dos encontros e desencontros. Rumos que se descerram, para logo serem quebrados. O sentimento de sermos pequenas peças de puzzle de um micro-cosmos social que os outros vão ou não tentando encaixar nas suas vidas, nos seus interesses estabelecidos. No fundo, marionetas com alma, que não podem desistir, mas que não se podem abandonar completamente aos fios de um qualquer comando. E nem sempre é fácil ao perguntarem-se a si próprias, com a alma dorida: haverá o meu 'lugar'?
Há que continuar, sem quebrar, mas sem ceder… porque Vale a pena acreditar…
quinta-feira, 20 de janeiro de 2005
Referência, cópia ou plágio? Ou...
Ou esqueceu-se de pôr o link? Mas se assim fosse, porque não pôr o meu post completo?
quinta-feira, 13 de janeiro de 2005
quinta-feira, 6 de janeiro de 2005
Oito
Verde...
Mirou-se no espelho e viu-se verde.
Só mais tarde percebeu que tinha caído numa lata de tinta.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2005
cem silêncios
segunda-feira, 3 de janeiro de 2005
Politicamente incorrecta... eu sei!
Nada é menor do que outra coisa qualquer...
Talvez nem venha a propósito... o único propósito é que agora está a acontecer algures...
sim, por lá, também.
30/10/2002: cerca de 3,4 milhões de crianças morrem de fome por ano nos países pobres.
(e não há desactualização nenhuma, apesar dos dois anos passados) -
neste link, outras estatísticas (número de pessoas) que nos fazem pensar,
e quem sabe, um dia agir mais (falo por mim, também!).