Quando o sentir se fez poesia
houve um homem que se chamou
Eugénio de Andrade
(Não sei se foi - é - um dos maiores poetas portugueses, sei que a sua poesia, na sua totalidade, é daquelas ou mesmo aquela que mais me tocou, que mais me toca, que me é mais sensível. Obrigada Poeta, por ter criado palavras com nome de poema)
Também hoje morreu um outro homem. De convições. De luta 'teimosa' e persistente por ideais em que acreditava. Um homem que, na minha infância, mais ou menos inconscientemente associei/identifiquei com um outro homem, a quem eu amava (amo), que também sentia, sabia ter lutado por aquilo em que acreditava. Um foi um 'actor' na vida, este outro, um 'observador' pela sua natureza. No fim das suas vidas, apenas homens. Ruindo o mundo em que viviam, vão-se despedindo, um a um, gentes de uma geração que quer queiramos ou não, deixaram o seu legado... a utopia por um mundo melhor.
E que a continuemos... sempre transformada.
"Porque somos muito
E o tempo de sermos é tão breve"
(a, de, sua irmã, Maria Eugénia Cunhal in As mãos e o gesto)
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