quinta-feira, 30 de junho de 2005

Véspera



O final de algo é sempre o início de outra coisa qualquer. Não há fins. Não há começos. Sómente a nossa mente precisa de marcos. Um antes de... um depois de... Mesmos sentados, quietos, há algo que mexe, um movimento (im)perceptível. Uma continuidade qualquer.
Assim na aparência, a imobilidade, deixando o rio fluir - rio previsível, tantas vezes - não traduz uma quietude. Apenas nada poder fazer para que o rio mude o curso. Não é isso uma certa sabedoria?!... Não mudar aquilo que não está ao nosso alcance, aceitá-lo. Mas não deixarmos de nos banharmos no rio. Usufruir das suas águas?! "Resta" - e é tanto! - sabermos mergulhar (ou não), dançar nas gotas de água que escolhemos. E amá-las.

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