segunda-feira, 28 de fevereiro de 2005

na relva

Foto L.T., 1979

De um baú antigo, perdura no tempo
restos de um gesto juvenil
talvez uma dádiva incompleta
liberta das raízes
e o olhar? abstrai-te das grades
são apenas moldura
um modo de dizer
quantas perspectivas há para um só roseiral?
De trás? Pela frente?
Se te deitasses na relva, haveria somente o céu
... e as rosas...
vem deitar-te na relva, comigo,
húmida que esteja, que importa?!
o horizonte seja nosso olhar - mesmo se os fecharmos por instantes - vem
sente o peso da maior leveza
asas com perfume cor de pétala

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