G. tinha sempre muita coisa para dizer. Como tal, falava quase ininterruptamente, falava, falava. Por vezes falava tanto e tão depressa que não se percebia o que dizia. Outras, quando não se lembrava de mais nada para dizer, repetia, duas, três, quatro vezes. A dado momento, quando não houve mais nada para dizer, a sua boca, de tão habituada a articular sons semelhantes aos de uma língua, continuou a falar, a falar…
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