"Soneto de amor
Não me peças palavras, nem baladas,
Nem expressões, nem alma...Abre-me o seio,
Deixa cair as pálpebras pesadas,
E entre os seios me apertes sem receio.
Na tua boca sob a minha, ao meio,
Nossas línguas se busquem, desvairadas...
E que os meus flancos nus vibrem no enleio
Das tuas pernas ágeis e delgadas.
E em duas bocas uma língua..., - unidos,
Nós trocaremos beijos e gemidos,
Sentindo o nosso sangue misturar-se.
Depois... - abre os teus olhos, minha amada!
Enterra-os bem nos meus; não digas nada...
Deixa a Vida exprimir-se sem disfarce!
José Régio"
Para quê as palavras? Diz lá, não são ridículas? Não são só palavras? Para que ando a gastar a minha vida com palavras destas... ridículas e absurdas? Não!! Não e Não! A minha vida não é isto! É viver isto! Escrever que se trocam beijos e gemidos não é trocar beijos e gemidos!
Vou tentar escrever o artigo!!... ainda hoje!
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