sábado, 19 de março de 2005

A Ti, meu Pai

Dia após dia mostraste-me o sol, as estrelas,
a bondade e a maldade dos homens, de todos nós,
contaste-me a tua história, calaste os teus pesadelos quebrando o silêncio das noites
Nas manhãs, os teus breves gestos
denunciaram pelo carinho tímido, o amor
que não conseguias abrir.
Hoje os teus passos estão mais lentos
- já não consegues ir comigo até lá ao fundo, à ria,
não importa, eu vou, e reencontro-te a meio caminho,
voltamos juntos, apoiado no meu braço - lentamente
como gostamos de viver
como irás viver em mim
para sempre...

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