naquela vidraça virada para o rio, escorre líquido, o tempo. os dias ou noites do que não foi, talvez ainda ou, quem sabe, nunca. somente uma sombra em gestos difusos, por vezes revoltos. de um esquecimento sentido ausência, e inesperadamente clareado presença. desfecho transmutado em interlúdio. encerro-me em dúvidas primordiais, impenetráveis. é apenas um sentir, questiono. questiono-me. por detrás da vidraça ou do tempo. afago o vento, não com as mãos. com o olhar. azul. como o do rio. como a da matéria que aparta ou aproxima. que azul? azuis de tonalidades oníricas, qual luz imensa… ou lua interdita…
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