quarta-feira, 23 de junho de 2004

teus dedos





vejo no olhar de uma fotografia antiga, sonhos. olhos translúcidos. a seriedade de quem utopicamente quis mudar alguma coisa, oferecendo-se de corpo e alma… inteiro. em silêncio. ou apenas quis cumprir-se pela dádiva, numa luta com moinhos de ventos ou moinhos de asas. hoje, mesmo em olhos fatigados, permanecem laivos de ternura, ampliada em gestos simples. de carinho com mãos grandes, generosas. alguém que sonha poder dar um pouco de felicidade, nem que seja através do respeito ausência, da compreensão silente. singularidade frágil.

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