Ontem, visita à feira do livro, no último dia. Acontecimento anual já ritualizado. Apenas duas vezes este ano. Há coisas de que necessitamos como constantes… coisas que vão ligando os anos que passam, que nos passam. A visita à feira é uma delas, não sendo bem uma ‘necessidade’, é algo mais da ordem de um certo prazer… o caminhar entre livros, ao ar livre, naquele espaço com a amplitude até ao rio… (só ontem reparei que o alto do parque fica quase ao mesmo nível do topo do Sheraton)… o verde… (este ano muito descuidado, a relva maltratada, cheia de ervas selvagens, sem flores a colori-la. não gostei). O agarrar em livros, desfolhear alguns, rever outros, alguns já comprados, outros que ficam sempre em suspenso: talvez para o ano o compre. O confronto e uma certa frustração de se saber não ter tempo para ler tudo, ou muito, do que se gostaria. E o trazer alguns para casa… ‘objectos’ especiais a que ficamos ligados, formas vivas que nos tornam mais inteiros… Um deles, a poesia do Torga, será oferecido dentro de dias a alguém com quem partilho, com demasiado silêncio, interesses e paixões, meu pai. Também aqui quis compartilhar um fragmento deste livro.
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