não quero ensinar nada a ninguém (também ninguém ensina nada a ninguém, só se vai aprendendo). não quero que ninguém ‘mude’ por mim, não quero mudar ninguém (também ninguém muda por ninguém, só se muda quando se sente necessidade interior). Já quis, não o sabendo, a coberto de uma aceitação que julgava que tinha relativamente a outro. e descobri, mais tarde, demasiado tarde talvez, que afinal só não me aceitava a mim própria. não pretendo interferir nas relações que os outros mantém com terceiros, com a vida. estou se calhar excessivamente cansada para isso. ou apenas seja simplesmente uma opção interiorizada. talvez só queira paz. solidão? será mesmo paz sinónimo de solidão?
não quero ter de fazer juízos de valor sobre ninguém. mas quando é preciso responder, quando há perguntas, exigem-se respostas coerentes, mais ou menos ‘objectivas’ que podem implicar opiniões, sensibilidades… e explicar… nem é explicitar apenas, é explicar – detesto explicações, gosto de explicitações - . e em que é que diferem? é talvez um pôr em causa, é uma acção rejeitar de algo para adoptar outra.
por vezes o ter de dizer, o dizer, é já interferência, não é diálogo. ou talvez se resuma a uma incapacidade minha para dizer ‘não’ ou ‘não gostei de’ (porque será que sinto que isso põe em causa o outro? ou é medo de magoar os outros? especialmente daqueles que gosto). talvez preferisse não ter de dizer porque não haveria necessidade de palavras. (talvez tenha ficado cansada de um certo excesso de palavras, depois de uma carência primordial – depois da fome, uma sobrealimentação gordurosa). e quando há essa necessidade sinto uma falta de liberdade, um constrangimento; não porque não se deva falar, mas porque não ‘deveriam’ existir as coisas que dão origem ao ‘ter de’… são demasiados ‘must’… e só a sensação de ter de, aparentemente, assumir um papel que detestei em tempos em alguém, papel esse que me minimizou, destruiu… um papel que não é meu, que não sou eu… não quero. fá-lo-ei por mim, se for necessário. não pelos outros. não é essa a relação que quero ter. quero ser tocada, amada, não só pela ternura do espírito, mas em todos os centímetros quadrados da minha pele, quero amar todos os poros de alguém que respire livre. Há por vezes um cansaço em mim, sim… mas só quero ser, ainda quero ser… é muito?
não quero ter de fazer juízos de valor sobre ninguém. mas quando é preciso responder, quando há perguntas, exigem-se respostas coerentes, mais ou menos ‘objectivas’ que podem implicar opiniões, sensibilidades… e explicar… nem é explicitar apenas, é explicar – detesto explicações, gosto de explicitações - . e em que é que diferem? é talvez um pôr em causa, é uma acção rejeitar de algo para adoptar outra.
por vezes o ter de dizer, o dizer, é já interferência, não é diálogo. ou talvez se resuma a uma incapacidade minha para dizer ‘não’ ou ‘não gostei de’ (porque será que sinto que isso põe em causa o outro? ou é medo de magoar os outros? especialmente daqueles que gosto). talvez preferisse não ter de dizer porque não haveria necessidade de palavras. (talvez tenha ficado cansada de um certo excesso de palavras, depois de uma carência primordial – depois da fome, uma sobrealimentação gordurosa). e quando há essa necessidade sinto uma falta de liberdade, um constrangimento; não porque não se deva falar, mas porque não ‘deveriam’ existir as coisas que dão origem ao ‘ter de’… são demasiados ‘must’… e só a sensação de ter de, aparentemente, assumir um papel que detestei em tempos em alguém, papel esse que me minimizou, destruiu… um papel que não é meu, que não sou eu… não quero. fá-lo-ei por mim, se for necessário. não pelos outros. não é essa a relação que quero ter. quero ser tocada, amada, não só pela ternura do espírito, mas em todos os centímetros quadrados da minha pele, quero amar todos os poros de alguém que respire livre. Há por vezes um cansaço em mim, sim… mas só quero ser, ainda quero ser… é muito?
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