À pergunta, que já se tornou um cliché, onde estava no 25 de Abril, já escrevi aqui, por altura do 30º aniversário da revolução.
Esta pergunta pode ser considerada quase bacoca pelos mais novos, por aqueles que não apenas não viveram intensamente a revolução, mas por aqueles que não sentiram o peso do antes que existia. Não é a pergunta que é importante. É o sentimento que está implícito naqueles que viveram aquele(s) dia(s). É nostálgico, não há como negá-lo, porque para alguém consciente deste mundo sabe que aquela ingenuidade, aquela utopia dificilmente se repetirá. Foi por breves instantes a terra da fraternidade, onde se sentia... em cada esquina um amigo... em cada rosto igualdade. uma terra onde o abraço era espontâneo e a esperança via-se no brilho do olhar.
Surge-me neste mesmo momento uma analogia entre esta época e as nossas individuais épocas de paixão, quando tudo se crê possível e revelamos o melhor de nós próprios.
Talvez seja esse desejo de nos ultrapassarmos, pelo que há de maior em nós, o que nos continua a mover. Mas talvez isto esteja cada vez menos visível, tantas e tantas vezes, a um nível individual ou global.
Nesse difícil acreditar, recorro, e adapto, a uma frase ouvida a um pintor amigo de 83 anos: enquanto houver dois corações, haverá... 25 de abril.
o sangue que corre em nós ainda é vermelho como os cravos.
Esta pergunta pode ser considerada quase bacoca pelos mais novos, por aqueles que não apenas não viveram intensamente a revolução, mas por aqueles que não sentiram o peso do antes que existia. Não é a pergunta que é importante. É o sentimento que está implícito naqueles que viveram aquele(s) dia(s). É nostálgico, não há como negá-lo, porque para alguém consciente deste mundo sabe que aquela ingenuidade, aquela utopia dificilmente se repetirá. Foi por breves instantes a terra da fraternidade, onde se sentia... em cada esquina um amigo... em cada rosto igualdade. uma terra onde o abraço era espontâneo e a esperança via-se no brilho do olhar.
Surge-me neste mesmo momento uma analogia entre esta época e as nossas individuais épocas de paixão, quando tudo se crê possível e revelamos o melhor de nós próprios.
Talvez seja esse desejo de nos ultrapassarmos, pelo que há de maior em nós, o que nos continua a mover. Mas talvez isto esteja cada vez menos visível, tantas e tantas vezes, a um nível individual ou global.
Nesse difícil acreditar, recorro, e adapto, a uma frase ouvida a um pintor amigo de 83 anos: enquanto houver dois corações, haverá... 25 de abril.
o sangue que corre em nós ainda é vermelho como os cravos.
E pelas esquinas, revisito outras Memórias desses dias:
Um comentário:
É bonito o teu cravo! :) E que saibas ler nos olhos das pessoas...
~CC~
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