segunda-feira, 30 de abril de 2007

madrugada

apago a madrugada

afinal desse por onde desse o dia tinha de nascer.
como quem diz, riscar-se no céu.

apago as madrugadas frias

agora que vêm, dizem, os tempos das terras do sol
e nas bocas, pássaros e flores.

apago as minhas madrugadas
espremendo-as como se fossem bagas selvagens.

apago-te
amante madrugada.
de uma tarde.

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