sábado, 3 de março de 2007

respiro os últimos raios de uma lua inteira. ignoro todos os ruídos exteriores e interiores.
é bela. bela e redonda. círculo de magias milenares. fonte das marés de meu e d' outros mares. o início e o fim de um nome.

lu_
_a

nome guerreiro

depondo sempre as armas aos pés de quem se prepara para lutar. não há força que valha a guerra. resistência não é guerra. a lua não se transforma na terra, nem o sol em lua. mesmo que a penetrem, a esventrem, a cravem de bandeirinhas com listas ou estrelas.

não há revolta nem mágoa. a dor passa sempre.

já vos falei da dor?

a ânsia pela claridade arrebata.

aqui me tens. nada mais posso fazer.

não é cansaço. ser nunca cansa. como a luz.
alegria / melancolia / paixão / utopia
quatro das múltiplas fases de luas

na sua plenitude
a Lua é crescente e decrescente,
toda e nua.

Um comentário:

Nilson Barcelli disse...

Gostei imenso deste teu texto, uma vezes prosa, outras poesia.
Bom fim-de-semana.
Beijos.

PS: obrigado pelo teu e-mail