já há dias tinha pensado, ou melhor, sentido. hoje mais uma vez, provavelmente como consequência do almoço, condicionado no tempo entre picagens de ponto.
que saudades de noites infinitas, daquelas que sob uma brisa amena, horizontes descobertos, sem ponteiros de relógios, se vai desfiando conversa. primeiro, trivialidades, depois, pouco a pouco, cada um vai desvendando, penetrando em si, descobrindo-se e partilhando, devagar, entre falas essenciais, escutas atentas e silêncios que absorvem e entendem empaticamente o universo do outro.
noites de intimidade.
noites porque só no silêncio da noite é que as palavras assumem uma importância, um sentido, uma forma/conteúdo que é incompatível com a agitação do dia. são os sons nocturnos, a luz fusca que visibilizam o que não é imediato. como uma viagem ao interior de cada um, de cada outro.
saudades de viajar assim.
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