sábado, 17 de março de 2007

my radio stars

Nunca vou ser capaz de fixar nomes. A memorização só advém pelo significado. E do carácter único que se dá à coisa nomeada. E mesmo assim há circunstâncias ou particularidades só raramente inultrapassáveis. Mesmo com músicas que já ouvi dezenas de vezes, pergunto(-me) sempre: quem canta isto?
É mesmo um bloqueio, até porque quando ouço o nome, digo ou penso: ah, pois é!
Deve ser trauma de infância; meu pai propunha frequentemente: "dou um doce a quem souber de quem é". E no meu conhecimento musical infantil lá ia acertando: Bach, Haendel, Mozart, Schubert... mas nunca recebi o tal prometido doce.
Hoje acho que acerto menos do que com aquela precoce idade. E como o gosto se alargou, ainda me sinto mais ignorante. Além de ter um grande problema se penso comprar um CD.
A rádio tem-me salvado nesse aspecto: é só ligar o botão. Mas dado o panorama cada vez mais massificado-histérico, tenho-me voltado para as rádios alternativas.
à noite, depois de chegar a casa, ligo-me ao silêncio e aos sons, sem querer saber de nomes:

- à segunda-feira: vidro azul

- à quarta-feira: íntima fracção
(este fixei: Scott Walker em Just one smile)

- à sexta-feira: como no cinema

e claro, sempre que posso (senão há sempre o podcast), as boas conversas

ao sábado: quinta essência
[e se o entrevistado não for de 'minha preferência', há sempre outros motivos para ouvir(-te)]

durante a semana, ao fim da tarde: pessoal e intransmissível


E a última descoberta: miss-tapes

4 comentários:

Ricardo Mariano disse...

agradeço as palavras.

Luísa disse...

Ricardo,
obrigada eu pelas suas emissões.

Hugo Pinto disse...

faço minhas as palavras do Ricardo, Luísa.
Bom gosto ;)

Luísa disse...

Hugo, o bom gosto é vosso... eu limito-me a saboreá-lo.
Obrigada.