domingo, 3 de setembro de 2006

Abel Salazar no CCB


A Exposição temporária Abel Salazar, O Desenhador Compulsivo, que está patente no CCB, organizada pela Casa-Museu Abel Salazar e pela Fundação Mário Soares, é arrojada.

Arrojada para um 'grande' público habituado a ver arte contemporânea de 'encher o olho'. Mesmo aos mais interessados nestas coisas das artes plásticas e das questões expositivas poder-se-á ouvir - como ouvi dizer - "é muito repetitiva". Para quem não sabe o que é o desenho, talvez o seja. E julgo que poderá ter sido essa a intencionalidade dos organizadores. Ela só o é aparentemente: pelo tamanho e formato das molduras. A forma que enforma o desenho em si.

Porque os desenhos, embora com temática centrada na figura humana, especialmente na mulher, é rica e variada no traço. É isso que no desenho conta. O desenho é uma procura - não interessa o bonitinho e o acabadinho - são estudos. O desenho é a via mais directa entre o pensamento (plástico) e a sua visibilidade.

Quem não sabe olhar - ver - não achará interessante esta exposição.

Só uma nota final: aquele verde?! foi para dar um ar de maior contemporaneidade? Não era necessário...

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