sábado, 23 de dezembro de 2006

infâncias...

sábado de manhã. véspera da véspera. de natal. como num dia de natal, o céu azul e frio. não tanto frio como o de dias passados. afinal, a casa, estar em nossa casa, é o nosso centro-lugar, quente. finalmente é hora de fazer a árvore de natal. o silêncio da manhã é quebrado, não por canções habituais de natal – também não sei quais seriam, nem onde as encontraria -, nem por outra música alusiva. no leitor de cd’s, coloco à vez, dois presentes – não sei se de natal, mas certamente de estima, de amizade – com as ‘marchas, danças e canções’ de lopes-graça. um deles, edição do avante, com gravações no coliseu dos recreios em 25 de Maio de 1974, o outro edição da antena dois – as canções, da minha infância, como é o natal. pensei, amanhã à noite, vou levá-los para recordarmos, para os mais miúdos ouvirem – o crédito de ser a tia por vezes é mais ‘persuasivo’ - .
Monto a árvore, os enfeites – todos de outros anos, alguns de muitos, muitos anos – dispostos numa desordem segundo a inspiração e o olhar que se vai construindo – nunca sai muito diferente do habitual, fica – é - sempre diferente em cada ano -. testo as luzes, à noite quando escurecer, acendê-las-ei. no fim, a estrela – tenho à escolha duas estrelas, uma de compra, outra que eu mesma fiz há anos atrás. olho, não há que duvidar, é esta que coloco no pináculo. dou três passos atrás, observo a árvore, e sorrio.
e venho aqui contar, e agora ala… ainda há bastantes coisas para fazer até amanhã.

que espantoso, tinha acabado de escrever, toca o telemóvel. é uma amiga de infância. há mais de 20 anos que não nos falávamos, que não nos víamos. a última vez já tinha sido um encontro de adolescência. fiquei feliz. combinámos encontrar-nos. um destes dias

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