às vezes não se sabe como começam os sonhos. e quando. só se sabe que são sonhos quando nos surpreendemos no meio deles, ou com eles dentro de nós. quando nos ocupam absolutamente, quando ocupam os espaços vazios entre as células que nos fazem sobre-viver, quando transformam essa matéria, num viver.
o fim do sonho não é um acabar dos sonhos. quem sonha, sonhará até ao fim, até ao expirar. tantos já morreram por um sonho, mesmo quando sonhando insistentes, só o espectro do sonho existia. outros levam a sua sombra para outros lugares de sonho, impedindo renascidos brilhos. como se o acabar do sonho fosse uma tábua que se afoga. como?, se os sonhos são o próprio mar...
como começam nem sempre entendemos, e quando acabam...?! como se sente que os sonhámos até ao fim? quando em luminosa luz do sol se vê a estrela ir embora e o coração já não treme, quando essa réstia de luz lentamente se apaga sob o olhar iluminado por uma minúscula gota de água, grávida de um arco-íris.
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