atravesso a rua. a way to blue. como se as águas do rio se tivessem elevado e, agora, caindo. não é miúda nem tormenta. é. chuva. de maio. pétalas veladas que afagam a memória escrita no rosto. um rápido fechar de olhos prolonga o sentido. e a face suspensa cria-se tágide, em entardecer de lua cheia.
"...
Quem pode impedir a primavera
Se estamos em Maio e uma ternura
Nos faz abrir a porta aos viandantes
E o amor se abriga em cada um dos nossos gestos!
Quem?...
Se os sonhos maus do inverno dão lugar à primavera!"
Ruy Cinati, Nós não somos deste mundo
Cadernos de poesia, Lisboa, 1941, p. 33
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é maio e chove... evocando certas noites frias de inverno.
Um comentário:
Anda por aí mais uma cadeia entre blogues, o “Thinking blogger Award” é uma das que me parecem interessantes, pois dá oportunidade de nomear-mos alguns dos blogues que nos põem a pensar. Nomeei o Lugar Efémero, foi um prazer.
Abraço.
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