terça-feira, 6 de março de 2012

Primeiro foste um nome
ainda não eras tu mas pertencia-te
Depois foste um corpo
apenas ossos – disseste
Por fim fizeste-te ouvir
Na voz com que me acariciaste
voaste para mim inteira
Nesse momento percebi
que envolvendo o meu desejo
tu abrias as asas
para me abraçar

Ademar Ferreira dos Santos


Um mês depois... Se sinto a tua falta? Não. Se sinto a tua ausência? Sim. Se sinto saudades de ti? sim, de ti, contigo, do muito que existiu, do muito que ficou por acontecer.

Não, não tenho saudades de dançar contigo. Na verdade é a saudade que me tem, que me possui, que invade o meu corpo, a minha alma, que me toma e transtorna, quando me sinto nas tuas asas de desejo, abrindo-se para eu voar. 

PS: Por instantes, sinto-me perdida, por não caminhar contigo. Sinto-me perdida no meu próprio caminhar.

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