- É alguma reunião familiar? - Perguntou chegado da rua.
- Não, estamos apenas a conversar. - Depois dos beijos de olá-adeus, sai. Nós continuamos...
Conversa entre mulheres. Conversa entre pessoas que estão a crescer, que querem crescer e partilhar e criar outras narrativas de vida. Porque é preciso. Viver e tentar ser feliz. Reperspectivar o olhar. Até mesmo sobre os passados, sobre as mágoas que sentimos lá atrás, sobre os Se's que não aconteceram, sobre o que se consentiu e se deu e se cresceu por amor, sobre as dádivas e egoísmos quotidianos, sobre as mudanças e as permanências das gerações, sobre ser mãe e filha e irmã, sobre o que sobrou e nos faltou. Sobre nós e os outros. Olhar e questionarmo-nos construtivamente se nos queremos tornar pessoas. Porque é em nós mesmas que está a possibilidade de podermos mudar, mesmo que a educação ou a sociedade ou os relacionamentos nos impelem em sentido contrário. Tal como está a liberdade e a dignidade de se construir como pessoa, cada vez mais pessoa. Não ficar agarradas às nossas próprias narrativas que compussemos ao longo de tempo e que não têm já a ver com o que somos, ou que impedem que nos libertemos dos nossos supérfluos e das nossas aparências.
Mulheres que tentam fazer e dar o melhor de si em cada momento , apesar de... we're only human.
Um comentário:
Concordo a 100%. Estamos numa altura em que o questionamento não é, nem muito usado, nem entendido a sua importância no crescimento individual e colectivo. Falemos, conversemos, troquem-se ideias, reformulem-se as mesmas, demo-nos oportunidade de crescer, pelo passado, pelo presente, por bons e maus troços...
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