segunda-feira, 2 de agosto de 2004

Caminhos

Há passos que se dão com plena consciência, com toda aquela consciência que é possível ter em determinado momento. Outros, parece que são levados, guiados pelo vento. Como se não fossemos nós que os déssemos. Contudo, somos. Demo-los. Sem pensar muito, sentimos apenas os passos. Sem ainda se Ser muito. Sem se ser o bastante. É o caminho invisível. Aquele que já deixámos de ver. Que nunca vimos realmente. Apenas quando se pára. Como num cruzamento. E se olha para trás. Esse, o caminho inacessível. Todos os outros, os possíveis. A paragem não é dúvida. É reflexão. É olhar, finalmente. Para adiante. Para todos os sentidos do ‘adiante’. Parar, sentindo pela primeira vez, que se caminha. Depois… depois, cada passo torna-se uma passada mais firme, mais ciente, mais consciente. E o horizonte não se limita apenas aquele ponto minúsculo ao fim de um caminho. O horizonte … é tudo aquilo que quisermos.

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