domingo, 1 de março de 2009

amor e indignidade


Acabo de ver O Fiel Jardineiro. Um filme de amor e indignidade. Indignidade humana. Em muitos dos sentidos que lhe podemos atribuir. De alguns para outros... muitos? poucos? que importa... nossa também, assistentes passivos, cúmplices. Podemos dizê-lo... afinal, mesmo não sabendo quantas vezes os meandros onde tanta coisa se move, sabemos da sua existência.
Indignidade e amor...
tinham-me perguntado: choras nos filme? eu respondi: sim, às vezes. mas não chorei, apenas senti as lágrimas por detrás do olhar, pelo amor, ou pela impotência, ou pelas flores descuidadas...
Amor e indignidade.
A par... demasiadas vezes na vida, neste mundo.
E não devemos, como tantas vezes o fiz - quase sempre o fiz - desculpá-la com relativismos, com excesso de entendimento humanista. Há limites. O limite do respeito pelo outro. O limite do amor (se o houvesse) pelos outros... ou, em última ou primeira instância, por si mesmo.
amor e Indignidade. sem ou com maiúsculas... em larga ou pequena escala... com 'grandes' ou 'pequenas' consequências: só se trata afinal de uma coisa: não considerar o outro como igual.
na inteligência, no sentimento, na alegria, na dor... no humano.
amor e indignidade, numa escala pessoal, sei como pode ferir. não que as feridas não cicatrizem, e se tornem cicatrizes e com o sol quase desapareçam. e mesmo quando algum dos indignos se cruzam outra vez no nosso caminho, como se fossem verticais, olhamo-lo de frente e sabemos dizer: não! porque a nossa casa é noutro lugar que eles desconhecem. que nunca habitarão.
indignidade.
há... demasiadas vezes na vida, no amor.
houve! em demasiados homens da minha vida!

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