segunda-feira, 1 de janeiro de 2007

Sempre considerei este primeiro dia de janeiro, uma espécie de 'aniversário', um semi-aniversário, exactamente seis meses antes do meu dia. É neste dia que não-celebro, ou melhor, assinalo, o meio da minha idade. É de certa forma um oposto... oposto que coincide com o meu 'ascendente'... acho piada, eu oposta de mim... apesar de nada saber, e pouco crer nestas simbologias - mas que às vezes batem certo, lá isso batem... é como as bruxas -.
Por alturas do solstício, encontrei num site um texto que achei muito curioso, e do qual retiro alguns excertos:

"O homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas, uma de frio e uma de calor, (…) o Sol (…) o rei dos céus e o soberano do mundo (…). E, desde a época das antigas civilizações, o homem imaginou os solstícios como aberturas opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e saía, ao terminar o seu curso, em cada círculo tropical. A personificação de tal conceito, no panteão romano, foi o deus Janus, representado como divindade bifásica, (…) que deriva de janua, palavra latina que significa porta. (…) com duas faces simetricamente opostas, cujo significado simbolizava a tradição de olhar, uma das faces, constantemente, para o passado, e a outra, para o futuro.
Para os antigos egípcios, o solstício de Câncer (Porta dos Homens) era consagrado ao deus Anúbis; os antigos gregos o consagravam ao deus Hermes. Anúbis e Hermes eram, na mitologia desses povos, os encarregados de conduzir as almas ao mundo extraterreno.
(…) a dualidade, princípio da vida: diante de Câncer, Capricórnio; diante dos dias mais longos, do verão, os dias mais curtos, do inverno; (…) as trevas, (…) a luz (...). Para os primeiros cristãos, Jesus nascera em julho, sob o signo de Câncer, quando os dias são mais longos no hemisfério Norte. O sentido cristão,
no plano simbólico, abordaria, então, apenas a Porta dos Homens e, assim, só haveria a compreensão de Jesus, como ser, como homem. Mas Jesus é o ungido, o messias, o Cristo --- segundo a teologia cristã --- e o outro pólo, obrigatoriamente complementar, é a Porta de Deus, sob o signo de Capricórnio, tornando a dualidade compreensível.
Dois elementos, entretanto, um material e um religioso, viriam a influir na determinação da data de 25 de dezembro.
"

(retirado de um texto de José Castellani)
Unrequited love
David Kraisler
bronze
A nossa ignorância, e uma cultura positivista, leva-nos a atitudes básicas de rejeição. Ou num outro pólo, à adopção incondicional. Face a isto, como a tantas outras coisas, talvez o mistério resida sobretudo no pensamento humano e nas milhares de formas que o Homem têm criado para tentar explicar e compreender... a si mesmo?!

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