sábado, 6 de janeiro de 2007

julgam a vontade de morrer escrita em poesia
como certa

e a prosa? e
os escritos nas paredes
os rabiscos no espelho húmido do wc
e os caracteres que ficam suspensos
em gestos?
são porquê?
e as palavras encravadas em gargantas
em asfixia?
são de quê?
julgam do viver por querer
decerto

não se metam. não se mintam
fiquem quietos!
não é minha a vida
sou eu a minha morte.
deserta

Nenhum comentário: