Sexta-feira. Quase meia-noite. De regresso a casa, rolando ao som da rádio, no final de uma semana, de um dia de 15 horas, venho a sorrir. E um sentimento assalta-me (não apenas ontem, mas muitas sextas-feiras). "Posso ser tudo o que quiser". Não é um sentimento de 'vangloriação' (ou de vã-glória), mas de conquista. Conquista de mim própria. Não quero o mundo. Quero sentir o meu lugarzinho no mundo... neste mundo efémero. Já que aqui estamos, que saibamos tornarmo-nos pessoas, fazendo coisas. Ser é também fazer. É fazendo que nos materializamos, que nos substanciamos.
E daquele sentimento absoluto de 'tudo', relativizo o suficiente para ainda pensar: "Posso ser muito". E sorrio. E mais ainda, se me afloram comparativas vagas memórias de um passado de mim.
O cansaço de toda a semana, de um longo dia, esvai-se.
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