terça-feira, 28 de setembro de 2004

Teu nome

Talvez o que se silencia, seja o que por vezes, se sinta mais fundo. Foi assim com o Teu nome. Entraste devagarinho, nem o teu nome era teu. Tinhas dois, mas nenhum era o teu, para mim. Talvez teu nome seja nenhum, nem antes, nem Depois. Existes somente. Existes em qualidades. em sentires. Nem eu sou nome para ti, em mim. Tanto que às vezes o procuro antes de o pronunciar. Alguns dizem que sem nome, as coisas não existem. Não existem porque não podem ser designadas. E se não o podem, não são. não existem.
Quando te penso, em ausência, por vezes não me lembro do teu nome. Lembro apenas. Lembro de Ti. Todo. do calor. do sorriso. do som da voz. do gesto terno. sem nome. porque não há nome tão grande assim. porque não há nome para este sentir. Como não há nome para a cor do oceano. Podemos chamá-lo de azul... mas esse nome diz tão pouco do mar, do infinito mar...

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