segunda-feira, 29 de novembro de 2004

Canção de uma tarde de outono...

Chegaste esvoaçante… trazendo contigo a luz… quis-te tanto, tanta vez… sem saber quem eras, onde estavas… aonde te encontrar..
nas águas, na noite, fechei os olhos… surgiste… e abraçaste-me… no silêncio.
foste o meu sonho sonhado… és.
és a canção que um dia cantei…
Leva-me mais uma vez, e mais outra, e outra ainda… pela noite, pelos dias…
até ao teu coração… límpido...
quero ser a tua princesa

Obrigadinha, pá!...

É o país do salve-se quem puder... os outros que se amanhem... Disse?? comprometi-me??? não sei de nada! não tenho nada a ver com isso! Já nem a boa educação de um "Lamento, mas...". Pois se até nem se lamenta nada. Que venha o meu... e o resto... que se lixe.
São os poderosozinhos com os seus poderzinhos pessoais, achando-se tão grandes... tão importantes... tão cheios de...
Desabafo de quem já devia conhecer melhor os outros, e não acreditar tanto... que possa haver generosidade mais ou menos desinteressada. Mas irritou-me a sacanicezinha não assumida...

segunda-feira, 22 de novembro de 2004

Da vontade urgente...

de fazer tantas e tantas coisas... vai-se conseguindo fazer algumas... umas sentidas como não tão urgentes assim; outras, de uma urgente necessidade interior, vão-se fazendo, gerindo tempos; outras ainda que não são bem presente... talvez futuro... e ainda as urgências de outrém...
Como em todas as urgências geram-se planos de ponderada imprevisibilidade...
Traçando linhas... riscos numa vida urgente... (e na urgência sabe bem pousar a cabeça no teu ombro e descansar, (re)temperando forças... ideias... e mais e novas urgências...)

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Retorno...

do Outro, eu... depois de nove meses de ausência... que bom (re)nascimento...

segunda-feira, 15 de novembro de 2004

embaranhados...

J. Pollock


Há momentos em que se tem dificuldade em aguentar os embaranhados de vida... que só pedimos para ter as responsabilidades de uma criança (ok! sei que muitas das crianças já nem têm sequer tempo para estar simplesmente... esquecidas... ou nós não as deixamos)... e poder brincar, usufruir, desligarmos de pequenas coisas insignificantes que nos ocupam tanto o tempo, ou pelo menos, o espírito. Raio de civilização esta!!! Papéis, burocracias, perda de tempo de vida em inúmeras coisas inúteis, efémeras, tão pouco criativas e construtivas...
Terapêutica: não desesperar. tentar relaxar. respirar fundo. viver os próximos momentos como únicos, torná-los especiais na sua simplicidade. Afinal são só linhas, pontos... manchas de tinta...

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Um pardal no chão de um café

Antes de entrar no automóvel resolveu tomar um café. Lá dentro sentiu o ambiente quente do pão a cozer. Um breve odor adocicado dos bolos. Lá fora, os primeiros frios do fim do Outono. Recordou-se dos dias de Natal passado quando entrava nesse mesmo sitio, quente, vazio, de cheiro acolhedor. Sentou-se a beber o líquido fumegante, com o olhar vagueando. Um pardalito, debicando o chão, foi entrando. Estacou em cima do tapete, largo, do lado de dentro do estabelecimento. Saltitou, debicando, como todos os pardais. Migalhas esquecidas, perdidas, caídas dos embrulhos de papel que envolvem o pão. Um pardal no chão de um café. Lembrando-lhe que mesmo quase no inverno, o sol pode brilhar no céu azul. E o pássaro indiferente saiu, debicando, no rasto de um sorriso.

terça-feira, 9 de novembro de 2004

pequena carta ao meu amor

Não me comovem apenas as tuas palavras. Tu, todo, me comoves. Por vezes julgo que não transpareço. talvez mesmo para mim, surpreendo-me a sentir-Te. Às vezes dou por mim plena de ti, pelo teu carinho discreto, pelo teu amor de certo modo tímido, pela tua atenção a pequenas grandes coisas, pela tua presença - é mais do que presença, é um estar que se confunde com o ser - quente, confiável. Sim, sinto que posso confiar em ti - se soubesses o quanto isso me é importante - mas sabes, não sabes? -. Sei que em qualquer momento difícil estarás lá - porque És! - como tens estado nestes dias. E nos dias 'leves' quero ser eu a levar-te comigo - e se for preciso, irei buscar-te mesmo ao fim do mundo para vivermos um pouco da alegria a que temos direito, juntos. Mesmo na dor, no peso que por vezes tento ocultar, mesmo de mim, que tento tornar leveza para não incomodar demasiado os outros, sei que a sentes, porque também sinto a tua, silenciosa, como a minha, e ao partilhá-la contigo, silentemente ou não, fica mais leve, mais suave, mais terna, a vida. Vida que já não é apenas minha, ou tua. São nossas.
Lembras-te do que te disse ontem? É apenas um pouquito do muito que sinto. Que te quero dar. sorrindo. sempre. perto de ti.

quarta-feira, 3 de novembro de 2004

Qualidade de vida urbana...

em 12 horas de um dia de vida passar - só! - 4 horitas no trânsito urbano/sub-urbano para fazer 80 km... que bom que é, às vezes, viver na nossa capital!!
Numa nova manhã de chuva... resta esperar melhores andamentos... e notícias internacionais mais animadoras.