dias que chegam ao fim e se constata estar tudo está feito como 'il faut'. ou se conseguiu dar ordem e arrumação a uma panóplia de coisas para as quais tivemos de arranjar sentido ou categorizar. tarefa difícil para quem acha que tudo pode ter haver com tudo, ou que não há compartimentos na vida, no pensar, e especialmente no sentir.
mas há dias em que é preciso. olhar e sentir que as coisas estão no seu lugar. estão mesmo no seu lugar. porque as coisas têm um lugar, ou não? e nós, temos um lugar? e os outros têm um lugar em nós?
as palavras deixam de ter como significado o sentir, assumem-se no que verdadeiramente são, significantes, e por isso ajudam a destrinçar sentidos.
ou, como naqueles dias, em que as palavras deixam de fazer sentir, porque o sentir encontrou o seu lugar. já não anda disperso, envolto em palavras que o ajudem a encontrar sentidos ainda sem lugar.
como naqueles dias, ao chegar o entardecer, se percebe claramente que esse dia está arrumado, terminado, e nem mesmo a noite que se adivinha já pertence a esse dia. a luz é outra e os olhos vêem melhor sem o brilho ofuscante.
aqueles dias, como naquele dia, em que o lugar ficou.
e eu, continuei os meus passos...
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