Entre papéis.
Organizo os papéis do último ano.
Arrumo papéis dos últimos nove. Papéis, papéis.
Provas de actos, provas de vida - vida tão pouca, ou vida de tanto - numa engrenagem em que se tem de justificar a própria existência.
Papelada que se guarda como lixo precioso.
Quilos e quilos em caixas brancas com os respectivos rótulos, para, se necessário, lembrar aos outros da nossa integridade, a nossa legitimidade.
Posso até conseguir lidar com isto tudo, mas este não é decisivamente o meu mundo... nem o meu tempo... isto e tudo, ou aqueles pequenos nadas, que pouco a pouco nos pretendem transformar no que não somos, nem podemos vir a ser.
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