A minha primeira reação foi uma quase gargalhada. O rir do absurdo. Como quando alguém que mal ou nada conhecemos nos diz um daqueles lugares comuns que não têm de facto a ver connosco. Mas tudo pode ter a ver connosco, afinal fazemos parte de um universo. - e as palavras correm lestas, como fruto de treinos que não tenho interrompido - dizia, um universo que tem a ver connosco, uma civilização, uma cultura em que crescemos. A culpa e o perdão... mesmo sem ser sequer baptizada... apenas numa frase quase desprovida de sentido quando empregada corriqueiramente...
Mas deixando esses significados um pouco de lado, pelo menos aqueles que têm um peso maioritariamente religioso... afinal, era tão só o efémero desejo de alguém que nos lê, e com quem, sem sabermos, comunicamos.
Contudo, a gargalhada ficou num 'quase'... porque num breve instante, viu-se em espelho: talvez devesse 'perdoar-me' o tempo e o espaço que dei demasiado a outros, pondo-me de lado, ao lado, num recolher em que tantas vezes não assumo explicitamente a minha expressão. Talvez devesse 'perdoar-me' o não querer uma visibilidade de um certo 'eu'. Talvez devesse 'perdoar-me', o sentir-me invadida por olhares alheios que consigo identificar. Talvez devesse apenas abrir-me e lançar-me e escorrer-me sobre o universo... sem mais, sem outros, sem... prés- e prós- e contras-...
Talvez devesse esquecer certa existência exterior quando o que importa é... sentir este rio numa urgência de lançar as suas águas no Mar.
epá, não têm mais que fazer que ler estas palavras absurdas?! Há muito mais vida lá fora... isto só sou eu!
De resto... pensem-nas e leiam-nas apenas como palavras que podiam ter sido escritos por vós... ou não... porque afinal, o vosso 'eu' nem existe fora deste lugar.
obrigada pela provocação, e pelo meu sorriso... até ao final.
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