segunda-feira, 24 de janeiro de 2005

Começar de novo…

Há alturas na vida em que se fazem escolhas. Escolhas de percursos de vida, novos. Atiramo-nos para o 'abismo' porque intuímos que este será sempre mais positivo do que a terra em que nos movemos. Terra que pode ter o aspecto de sólida como a rocha, mas também o seu sentir é gelado, ou então pode encobrir terras movediças que nos vão engolindo a pouco e pouco.
Então lançamo-nos no abismo, num abismo que nos faz primeiramente, sentir que afinal tínhamos asas, muito mais asas do que julgávamos. Deixamos em terra todas as amarras de que nos sentimos prisioneiros, e a força que nos impulsiona é enorme porque vital. Porque sentimos o dilema: ou sufocamos até à morte, ou respiramos até…
Este aprender de uma nova respiração se a principio é instintivo, depois, aos poucos, tem de ser reaprendido… como alguém que começou a dar os primeiros passos e depois repara que está a andar, e é então que, nessa percepção, nessa consciencialização, se vê e, se pergunta, afinal como se anda.
Neste novo andar, depois da euforia, a procura de um caminho. Sentido como longo porque vivido intensamente – esperando nunca mais o sentir longo, pela vacuidade. A consciência de se caminhar pelos próprios pés, definindo os trajectos na medida das possibilidades, dos encontros e desencontros. Rumos que se descerram, para logo serem quebrados. O sentimento de sermos pequenas peças de puzzle de um micro-cosmos social que os outros vão ou não tentando encaixar nas suas vidas, nos seus interesses estabelecidos. No fundo, marionetas com alma, que não podem desistir, mas que não se podem abandonar completamente aos fios de um qualquer comando. E nem sempre é fácil ao perguntarem-se a si próprias, com a alma dorida: haverá o meu 'lugar'?
Há que continuar, sem quebrar, mas sem ceder… porque Vale a pena acreditar…

quinta-feira, 20 de janeiro de 2005

Referência, cópia ou plágio? Ou...


apenas não estar para ter trabalho em "puxar" pela cabeça??
Ou esqueceu-se de pôr o link? Mas se assim fosse, porque não pôr o meu post completo?

De qualquer modo... foi por uma simples busca através do Google... fiquei admirada: não sabia que as minhas palavras eram dignas de tal reprodução


pela menina Sónia...

quinta-feira, 13 de janeiro de 2005

quarta-feira, 12 de janeiro de 2005





Por entre pedras


da calçada


desprende-se o riso


sem eco

quinta-feira, 6 de janeiro de 2005

Oito


Foram oito as flores que me deste.
mais do que um arco-íris.
Neste, são apenas sete
as cores, sobra uma outra
invisível, feita de magia.

Oito flores de mil cores
ou beijos
ou de um abraço silencioso
de valor maior que ouro

Dois círculos – formas (im)perfeitas
justapostas em vertical infinito.

Verde...

Olhou o mundo e surpreendentemente este estava verde.
Mirou-se no espelho e viu-se verde.
Só mais tarde percebeu que tinha caído numa lata de tinta.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2005

cem silêncios

Chamaram toda a gente; algumas gentes apareceram. A presidente desceu à rua, ou mais rigorosamente, ao largo. Umas palavras, depois o silêncio. Três minutos. Os automóveis imperturbáveis, ruídosos, continuavam a passar fronteiros ao largo. Depois, mais umas palavras, quase inaudíveis por causa dos motores. No final, a presidente subiu as escadas e as gentes dispersaram-se.... sem silêncios.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2005

Politicamente incorrecta... eu sei!

Nada substitui nada...
Nada é menor do que outra coisa qualquer...
Talvez nem venha a propósito... o único propósito é que agora está a acontecer algures...
sim, por lá, também.
30/10/2002: cerca de 3,4 milhões de crianças morrem de fome por ano nos países pobres.
(e não há desactualização nenhuma, apesar dos dois anos passados) -
neste link, outras estatísticas (número de pessoas) que nos fazem pensar,
e quem sabe, um dia agir mais (falo por mim, também!).