daqui a um ano, onde quer que esteja
estarei aqui
ou sombra de mim
com um sorriso
quarta-feira, 31 de dezembro de 2003
Um breve caminhar
Às voltas… encontra um lugar para estacionar o carro… roda a chave da ignição, lentamente apaga o rádio, recolhe-o, arruma-o. Pára e suspira, não sabe de que cansaço, o físico concerteza, outro qualquer também, quem sabe um cansaço do mundo não ser apenas um bocadinho diferente, ou das pessoas se terem esquecido de sorrir com a alma. Sai e começa a andar vagarosamente. Ouve os seus passos na calçada. Escuta o som do seu caminhar compassado calmo nas pedras quadrangulares, entrecortado pelo ruído de motores mais ou menos acelerados. Olha o céu escuro com nuvens claras róseas. No seu mover pausado acode-lhe um pensamento que a acompanha até casa: que bom ter paz.
terça-feira, 30 de dezembro de 2003
antevéspera rolante
Chiado, o corre-corre das compras, o oferecer sem dar, sem se dar, para cima, para baixo, ou esquerda e meia-volta, às voltas, sem destino ou sem tino, de rostos fechados, nem um sorriso, passam e olham apenas vidros, montras do nada, repletas de vazios de brilhantes. Numa mesa de café, com um presente comprado, porque pedido por outrem, e um outro, feito por mim que não sei se entregarei esta noite. Apetece ficar aqui na distanciada proximidade do rebuliço do inútil que contrasta com a quietude silenciosa de uma casa cheia do alvoroço que já não se contém entre as quatro paredes.
Só os predadores miram sem olharem, de resto ou tudo, a indiferença de uma massa corredora, atropeladora. Soa música de natal. Onde está ele? A diferença entre hoje, antevéspera do dito, e um dia qualquer, apenas a quantidade de sacos que transportam nas mãos. Conteúdos efémeros logo esquecidos não acarinhados não sentidos. Um sorriso mulato, feminino, ao telemóvel, resquício de uma alegria infantil perdida no meio das luzes. Levanto-me, pego no saco, desço as escadas rolantes, e rolo, e rolamos multidão.
Só os predadores miram sem olharem, de resto ou tudo, a indiferença de uma massa corredora, atropeladora. Soa música de natal. Onde está ele? A diferença entre hoje, antevéspera do dito, e um dia qualquer, apenas a quantidade de sacos que transportam nas mãos. Conteúdos efémeros logo esquecidos não acarinhados não sentidos. Um sorriso mulato, feminino, ao telemóvel, resquício de uma alegria infantil perdida no meio das luzes. Levanto-me, pego no saco, desço as escadas rolantes, e rolo, e rolamos multidão.
domingo, 28 de dezembro de 2003
Ando às voltas
com muita coisa... e com o visual e as funções deste blog... pensava que à partida fazia mais coisas. Será que os meus conhecimentos de html chegam?...
sábado, 27 de dezembro de 2003
Não tinha sido assim
que tinha pensado começar este blog. Aguardou tanto tempo, tantas hesitações da minha parte, e na noite de Natal teve de ser, es muss sein!
O início está! O que virá não sei, nem quero saber neste momento. É um percurso efémero... quão efémero? who knows...
O início está! O que virá não sei, nem quero saber neste momento. É um percurso efémero... quão efémero? who knows...