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Deste lugar... dele, falarei mais, um dia.
Agora, vinha a propósito do Zeca. Nessa noite, nesse sótão, ouvi a notícia no silêncio da noite - quando a rádio era tranquila e nos falava -. E, como nunca tinha acontecido por alguém que não conhecia, chorei.
A morte tinha saído à rua... por um poeta-cantor.
Poema
I
Sobre os meus olhos
em ponto negro,
de cal pintados
-há dois corvos sentados
IV
Rio d' águas passadas
Meu rio escondido
V
Águas claras correndo,
Meus sonhos vão indo!
- São seixos rolando! -
- São pedras caindo ! -
VI
Oh! águas que lavam
as pedras do rio,
- Que vento nos leva
no sonho vazio?
In 'Via Latina', Ano XVI, nº 78, 28-2-1958, extra-texto
Hoje entre os "meus" papéis encontro um com poemas de quando era um jovem poeta.
Tinha deixado passar o aniversário da morte sem qualquer referência. Mas há pessoas que não precisam de data certa para serem homenageados. O que nos deram é já uma celebração.
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