sexta-feira, 20 de janeiro de 2006



Ainda há quem acredite que consegue impingir, ou vender, um candidato a presidente, como se fosse um sabonete...



Quem irá, afinal, ficar todo ensaboado?

sexta-feira, 13 de janeiro de 2006

Nada como uma escapadela

neste início de ano, a meio da semana, por antigos reinos mouriscos.


Fazer de turista no nosso próprio país, passeando tranquilamente por ruas e ruelas de antigas cidades, descobrindo outros horizontes, desmoendo o stress do quotidiano.

Tempo para ter tempo para nós. E caminhar de mãos dadas. (Às vezes, parece-me que não há nada melhor do que andar de mãos dadas...)

Subir pelas pedras das escadas do castelo e, lá em cima, sorrir. E contemplar o que está para lá dos telhados

E, no alto de uma torre, um relógio. Sem a demanda das horas.


Olharmos para a mesma imagem, ao mesmo tempo, competir pela máquina fotográfica...

"- Esta é minha..."

"- Agora sou eu..."

E continuando o caminho pelas vielas, uma igreja... estranha, com um interior de traços mouriscos, mais uns quantos 'estilos' mais ou menos indeterminados ou misturados.

Tinha começado a chuviscar. Estava frio. Pensamos entrar, para nos abrigar, para a visitar..


Nos jardins do templo jesuíta, um sem-abrigo tentava comodar-se num refúgio de papelão.

O nosso sorriso entristeceu. O sentimento foi partilhado, em silêncio. Engolindo a nossa alegria. Entrámos na igreja. Lá dentro, um grande presépio. Da simplicidade da intenção a um certo kistch decorativo.

Saímos, um pouco desagradados. Ainda incomodados.

Cá fora, sob os pingos que ainda caem, com as mãos frias, tiras umas moedas, aproximas-te do homem deitado sob, sobre cartões de papelão, e dizes, como que pedindo:

"- Faz favor."

Depois, face à imobilidade, um pouco mais alto...

"- Para comer qualquer coisa..."

A morada de papelão move-se... "-Obrigado"



E silenciosos, atravessamos a rua, de mãos dadas.


Mais tarde, vemos o rosto daquele homem.
Como uma nuvem.

Com a fugacidade liberta da injustiça.

Com a perenidade da beleza.



Na nossa inquietação apaziguada, agarramos o último raio de sol, daquele dia. do nosso Dia. Abraçamo-nos na luz.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2006

E depois

daquelas palavras nos comentários e no trackback... fica-se com um nó na garganta... num sorriso emocionado. Obrigada.

E neste novo ano que começa... neste quarto dia do ano, darei mais um passo na minha vida. Será, espero, o passo visível de um caminho que comecei a trilhar há três anos e meio. Foi um começar de novo. Feito de muitas solidões, mas nunca de amargura. Sempre com afectos. Com autenticidade. Sem compromissos nem concessões. Com paixão pelo que faço, e com carinho pelas pessoas que me rodeiam.

E com a força que me transmitem… Tu. E todos vós…

(Saiba trilhar este caminho...)